quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Lembranças do Trem III

Mário Rodrigues de Aguiar, o telegrafista

     Nasceu em Curitiba no dia 25 de outubro de 1915, filho de Agripino Rodrigues de Aguiar e Ana Wosgrau de Aguiar.
Mário teve seis irmãos, sendo o segundo filho do casal. O mais velho se chamava Laurentino, em seguida, Emilio, Carlos, João, Osvaldo e Moacir. Ele morou em Curitiba até os oito anos de idade, onde depois com sua família foi para Canoinhas no ano 1923.
Mário estudou até o segundo ano do ensino fundamental, com onze anos foi trabalhar em uma serraria para ajudar seus pais nas despesas da casa. Com treze anos começou a ler livros e jornais, e a dar valor ao conhecimento. Agripino para incentivar o filho assinou o jornal A Noticia.
Mário sempre gostou de música e ao completar quinze anos começou a aprender a tocar instrumentos musicais. Ele aprendeu sozinho: violão, gaita, bandolim e até flauta onde não se saiu muito bem. Chegou a ganhar 80 mil reis para tocar com seus irmãos em um baile de carnaval em fevereiro de 1937.
Aos vinte e um anos foi convocado a servir o exército onde aprendeu a profissão de telegrafista.
Em 1947 depois de sair do exército, arrumou um emprego de telegrafista na estrada de ferro de Marcilio Dias.
Chegando à estação foi direto trabalhar. Alguns dias depois Mário viu Regina e suas primas passarem pela estação, foi quando ele a convidou para um baile. Começaram a namorar e depois de alguns meses se casaram. A cerimônia aconteceu na Igreja matriz de Canoinhas em 15 de outubro de 1949, a festa foi em Marcilio Dias.
Tiveram cinco filhos: João Celeste de Aguiar, Mário Agripino de Aguiar (morreu aos 4meses de idade), Antônio Mauro de Aguiar, Miguel Carlos Rodrigues de Aguiar, Mário Edson de Aguiar e Cintia Mueller de Aguiar.
Sempre pensando no futuro dos filhos e da esposa. Mário tinha como objetivo formar todos os filhos sabia que era um pouco visionário para a época, pois era ferroviário e não sabia como pagaria os estudos dos filhos.
Ele sempre procurou estudar sozinho, não deixava de assistir o jornal na TV, lia as noticias no impresso e quando podia buscava mais informações em livros e revistas. Ele sempre foi autodidata. Chegou a palestrar em uma Universidade sobre o assunto que vivia debatendo: A Guerra do Contestado.
Nas reuniões de família Mário sempre tinha um verso que ele fazia no improviso, mas que sempre alegrava a todos. Tirava suas próprias conclusões em relação à política, economia e sempre as anotava tudo em uma caderneta.
Os anos passaram e com seu trabalho de telegrafista conseguiu fazer com que os cinco filhos fizessem faculdade e assim tendo uma profissão. 
Em 1999 o casal completou seus 50 anos de casados que foi comemorado no Tênis Club Canoinhas, na festa estava toda a família reunida.
Mário nunca deixou de fazer o que gostava por causa da sua idade. Aos 80 anos andou de Jet Sky, dirigia pelas ruas de Canoinhas e até desceu a rampa da garagem com skate. Com 93 anos Mário comprou uma bicicleta, e assim conseguia fazer o que mais gostava dar um giro na cidade. Sempre muito ativo gostava de passear e viajar.
Ele morreu em 2010 aos 94 anos de complicações cardiovasculares.
Mário foi um esposo amoroso, pai dedicado e um exemplo para netos e bisnetos.
Seu Mario em Marcílio Dias em 1973.
Naquela época, pouquíssimos lugares de Marcílio tinha telefone.
Então as pessoas iam na estação para telefonar e, seu Mario sempre muito gentil,
 emprestava o mesmo.

Seu Mario e dona Regina no Rio de Janeiro quando visitou seu filho
Antonio Aguiar, que na época fazia residência médica.

Com a esposa e seu filho Mario Edson de Aguiar em 1980.

Na posse de seu filho o deputado estadual Antonio Aguiar.

Com seu neto Toninho (já falecido), filho do deputado Aguiar.


Cintia, Ana Luiza, Adriano, Anderson e Tati.

Com os filhos e noras: Miguel, Beatriz, Cintia, Marilu e Antonio.

Na frente: Anderson, Ana Julia, Adriano, André netos.
Tati, Mario, Regina, Rubia, Bruno, Ana Luiza, Rafael, Pollyana e Leandro.

Mario, Regina, André, Tati, Jaque, Anderson, Adriano, Rubia e Cintia.

Seu Mario com dona Regina e o André.

Mariana bisneta e Bruno neto do seu Mario.

Ana Julia neta com Jaque e Isabele bisnetas.

Larissa bisneta, Rubia e Pedro bisnetos e Adriano neto.

Seu Mario e dona Regina em viagem de trem para Paranaguá.
 
 

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