quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lembranças do Trem IV- Orlando Gallotti

          Orlando Gallotti nasceu em Floresta, Canoinhas, em 6 de julho de 1934. Seus pais Pedro Ivo e Natalia  souberam criar bem os filhos, ensinando pra eles o valor do trabalho e da honestidade. Isso refletiu muito na vida do seu Orlando, pois sempre foi um homem que se dedicou muito ao trabalho e a família. Durante muitos anos trabalhou na Rede Ferroviária. Começou a trabalhar na estação quando ainda era menor de idade. Naquele tempo era assim, fazia uma provinha com as quatro operações, um ditado e exame de telégrafo, além do exame de saúde e, se se saísse bem, era contratado. Somente quando completava dezoito anos é que era efetivado. No início começou a trabalhar em Serra Alta, depois, trocou com Manoel Pereira e veio para Marcílio Dias. Trabalhou como aprendiz e mais tarde como telegrafista. Trabalhavam na estação de Marcílio cerca de dez funcionários: agente, telegrafista, auxiliares, guarda-chave e guardião. Também era usado o boletim de merecimento, onde o chefe da estação preenchia um formulário dando nota ao funcionário e, a partir dessas notas, poderia se ganhar promoções. Seu Orlando se casou com dona Flora e teve cinco filhos: Gerson (já falecido), Gilson, Regina, Giovana e Marcelo. Chegou a trabalhar na estação de Canoinhas e em Porto União. Ficou muito triste quando em 30 de agosto de 1976  foi desativado o ramal ferroviário e o trem deixou de circular com passageiros. Em 1983 seu Orlando se aposentou e hoje mora em Canoinhas com a esposa e, se diverte brincando com os netos.

 


Willi Loeffler, Rupter Loeffler, Antonio Maximiliano, Pedro Ivo Gallotti e
 o menino Orlando. 1944, aproximadamente. O telhado desta casa era todo
de tabuinhas.

26-05-1953

Sampaio, Orlando e Romeu na estação de Canoinhas.

Estação de Canoinhas.

Pedro, Orlando, Onagibio, Leodoro, Osni Franco, Osni  Wilson e
Otacílio na estação de Canoinhas.
Obs.: No chão, o maquinista Otacílio de Abreu, bateu com o trem em
Três Barras e seu ajudante Paulo morreu neste acidente.
A chave que virava a linha, foi virada errada e o trem bateu num vagão
que estava parado.

 
Estação de Canoinhas
Tiburski, Orlando, Carlos Scheran e Mário Aguiar.
João Aguiar, Mário Aguiar, Wando, Orlando, Zézo, Pedro Gallotti
 (sobrinho do seu Orlando), João Bueno e Ludovico na estação de
Marcílio Dias.
Descarga de máquinas e pessoal militar em Três Barras, 1984.
Carregamento de milho a granel em Marcílio Dias, 1981.


Cesário, Romeu, Orlando, Sampaio e o maquinista na estação de Canoinhas,
na greve dos ferroviários,  ocorrida nos anos 60.


 
Orlando Gallotti, foto atual.

 

2 comentários:

  1. Gostei muito de ler o depoimento do seu Orlando e o seu testemunho dos tempos dedicados à Estação Ferroviária.Meu pai (Jorge de Souza) também foi ferroviário em Três Barras.Com certeza vocês se conheceram.Que saudades do tempinho do trem!
    José Francisco de Souza (tioze.artes@bol.com.br)

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    1. Realmente, José Francisco, todos os ex-ferroviários que conversamos sentem muitas saudades do tempo que o trem circulava por nossa região. Não só eles, mas tantas outras pessoas que viveram nesse tempo.O grande desejo de nós, moradores de Marcílio Dias, é ver a estação restaurada. Com o apoio do prefeito Beto Faria, acreditamos que desta vez, essa restauração acontecerá.

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